TEXTO I
Então, imagina: se, no começo, o teu mercadinho rende uns dois mil por mês, e só tu está trabalhando ali, com quem tu vai dividir esse dinheiro que vem só do teu trabalho? Beleza, até aí, tudo bem. Vamo imaginar que tu decide investir esse dinheiro no teu mercadinho, comprando uns forno pra assar pão, por exemplo. Sereno: agora o teu negócio vende pão quentinho. O lucro vai aumentar um monte, não só por causa da venda do pão em si, mas também por causa do aumento da clientela. Só que o teu investimento fez o negócio crescer. Tendeu? Tem mais trabalho pra fazer agora. O que tu faz, então? Tu contrata dois padeiro. Se antes o mercado tava rendendo uns dois mil por mês e agora tá rendendo uns cinco mil por mês, sendo que o teu esforço não aumentou, isso significa que a diferença no lucro, mais ou menos uns três mil, esse dinheiro simplesmente não é teu. Esses três mil são dos dois padeiro, porque é fruto do trabalho que eles desempenha.
FALERO, José. Os supridores. São Paulo, SP: Todavia, 2020 (adaptado).
TEXTO II
Marx pensa o avanço tecnológico como fator de aumento da produtividade do trabalho. Na indústria, a modernização do maquinário vai paulatinamente aumentando o número de mercadorias produzidas numa mesma jornada de trabalho. O tempo socialmente necessário para a reprodução da força de trabalho diminui, aumentando a mais-valia.
LOYOLA, Paulo Ricardo. Valor e mais-valia: examinando a atualidade do pensamento econômico de Marx. Argumentos, Ano 1, N°. 2 - 2009.
A crítica do primeiro texto está em acordo com o pensamento marxiano porque