O futebol brasileiro, objeto de exportação, tem um forte poder de atração. Estrelas dos gramados como Pelé, Sócrates, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, entre tantos, já emprestaram sua imagem para as campanhas humanitárias dos principais órgãos ligados às Nações Unidas. Ao reforçarem a identidade universal do futebol, promoveram, indiretamente, seu país. No entanto, o episódio mais marcante do uso da imagem da seleção brasileira em prol da política externa do país, foi o amistoso realizado em Porto Príncipe, em agosto de 2004. Com o intuito de pacificar o Haiti, a missão de paz comandada pelo Brasil contou não somente com o envio de tropas, mas uma exibição da seleção brasileira, com a base da equipe que sagrara o pentacampeonato de futebol na Copa do Mundo de 2002. Seis anos depois e ainda vítima de um flagelo maior que a guerra civil, um terremoto de 8,2 graus Richter, os haitianos ainda acompanhavam e comemoravam a vitória da seleção brasileira nos jogos da Copa.
HELENO, E; LUIZ, E. M. B. O soft power brasileiro em busca de uma identidade sul-americana. Poder, Estratégia e Sociedade, N°0, Vol.1, Fev/2011 (adaptado).
No contexto apresentado, o papel delegado ao futebol foi