A solidariedade é o princípio que costura as diferenças internas fazendo com que a representação simbólica construída e projetada para o outro - não-movimento - seja coerente e articulada em propostas que encobrem essas diferenças, apresentando-se, usualmente, de forma clara e objetiva. Para tal é preciso que se observem os códigos político-culturais expressos nas reivindicações dos movimentos (apresentados nas linguagens de seus discursos e falas e nos documentos que constroem). São estes códigos que sistematizam as demandas e criam representações sobre elas. A forma como as demandas são codificadas varia segundo a cultura política local, ou seja, segundo o repertório das tradições culturais e as forças sociopolíticas de uma dada conjuntura histórica.
GOHN, M. G. 500 anos de lutas sociais no Brasil: movimentos sociais, ONGs e terceiro setor. Mediações-Revista de Ciências Sociais, 2000.
De acordo com o texto, existência de um movimento social é garantida mediante