Em relação aos textos distópicos poderíamos citar ainda uma particularidade pertinente ao diálogo entre os mesmos e a historiografia. As sociedades criadas ficcionalmente por autores como George Orwell se baseiam em características da realidade apreendidas junto ao seu contexto histórico e oferecem uma perspectiva de um futuro possível dentro dos caminhos aparentemente abertos para o desenvolvimento da humanidade. Assim, esse gênero literário direciona o fluxo dos acontecimentos para um espaço comumente atemporal, o qual se configura representativo do posicionamento crítico-reflexivo dos autores em relação ao presente e aos contornos daquilo que possivelmente pode vir a tornar-se a realidade
PAVLOSKI, E. 1984: História, ficção e totalitarismo no romance distópico. Revista Literatura em Debate, v. 4, n. 6, p. 1-19, jan.-jul., 2010. Recebido em 30 maio; aceito em 07 jul. 2010
A função social de obras denominadas de distópicas pode ser percebida como