Em 1838, eclodiu, no Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse movimento:
contou com a participação de segmentos sertanejos - vaqueiros, pequenos proprietários e artesãos - opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros escravos rebelados, que buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade.
foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos) aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes.
foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos (conservadores) a bem-te-vis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do Negro Cosme, dando características populares ao movimento.
lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha, então monopólio dos bem-te-vis.
sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império de reintegrar, na vida da província, todos os que haviam participado do movimento.