Questão 32

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O enigma de Qaf

Quando estive em Beirute, há uns poucos anos, levei comigo a versão de um oitavo poema que — sustento — certamente figurou entre os que penderam da grande Pedra Preta. A tradição não canônica o denomina Qafiya al-Qaf, título que se pode traduzir por “poema, cuja rima é a letra qaf, que trata da montanha chamada Qaf”. Um jogo de palavras, como se vê.

Professores, eruditos, intelectuais que tiveram o privilégio de ler a obra afirmaram nunca terem tido notícia do poema e desconhecerem completamente tanto o enredo quanto as personagens. Expliquei que aquele texto era uma reconstituição do original — tão inverídico quanto possa ser um quadro, uma escultura, um monumento recuperado pelas mãos de um restaurador.

MUSSA, Alberto. O enigma de Qaf. São Paulo: Editora Record, 2004. Adaptado.

Os gêneros textuais apresentam concepções artísticas específicas, porém, essas concepções podem ser homogêneas em diferentes textos. O trecho do romance “O enigma de Qaf”, de Alberto Mussa, tem uma composição estrutural que o aproxima de um(a)