Leia o soneto XLVI, de Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), para responder às questões 12 e 13.
- Não vês, Lise, brincar esse menino
- Com aquela avezinha? Estende o braço,
- Deixa-a fugir, mas apertando o laço,
- A condena outra vez ao seu destino.
- Nessa mesma figura, eu imagino,
- Tens minha liberdade, pois ao passo
- Que cuido que estou livre do embaraço,
- Então me prende mais meu desatino.
- Em um contínuo giro o pensamento
- Tanto a precipitar-me se encaminha,
- Que não vejo onde pare o meu tormento.
- Mas fora menos mal esta ânsia minha,
- Se me faltasse a mim o entendimento,
- Como falta a razão a esta avezinha.
(Domício Proença Filho (org.). A poesia dos inconfidentes, 1996.)
O tom predominante no soneto é de
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