O debate que falta sobre o Código Florestal
No debate sobre o novo Código Florestal, os dilemas sobre que Brasil o mundo precisa e o que estamos dispostos a construir como nação numa perspectivo de sustentabilidade e justiça social, com democracia, ficam em segundo plano. O debate está restrito aos limites dados pelo agronegócio, entre o que seus promotores acham aceitável para continuar se expandido e o que a sociedade é capaz de suportar, sem nada mudar no rumo já traçado. Na verdade, como questão pública e política, a mudança legal do Código Florestal é determinada por uma velha agenda desenvolvimentista, hegemonizada pelos grandes interesses e forças econômicas envolvidas na cadeia agroindustrial, um dos pilares do Brasil potência emergente. Tudo que se fará não será no sentido de uma mudança de rumo, mas de flexibilização de regras e condutas para continuar destruindo.
Após a análise do texto acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Um dos debates mais acirrados sobre o novo Código Florestal deu-se em torno da definição da área destinada à mata ciliar, protetora dos cursos d’água e rica em biodiversidade.
02. Depreende-se do texto que não haverá grandes mudanças quanto à destruição das formações vegetais.
04. O debate sobre o Código Florestal é, também, uma questão da preservação do regime pluviométrico dos rios.
08. A “velha agenda desenvolvimentista” se refere ao crescimento econômico a qualquer custo, mesmo que seja em detrimento da preservação da natureza.
16. Conforme afirma o texto, a proposta do novo Código Florestal assegura o desenvolvimento com sustentabilidade e justiça social.
32. O novo Código Florestal, para o caso específico de Santa Catarina, em nada altera a situação atual, dado que é um dos poucos estados com menor índice de desmatamento, sobretudo nas áreas litorâneas.