A greve geral dos trabalhadores porto-alegrenses de 1917 marca uma inflexão nas relações entre estes e o governo de Borges de Medeiros, então governador do Estado pelo PRR. O governador aceitou em parte as demandas dos operários paredistas, como, por exemplo, a generalização das oito horas de trabalho e o controle de exportações de produtos essenciais.
Essa aceitação deveu-se
à ameaça de sua deposição pelos operários armados e organizados em barricadas pela cidade.
à lenta e gradual adoção de políticas esquerdistas por parte de Borges de Medeiros, que culminaram com a Revolução de 1923, de cunho marcadamente socialista.
à tentativa do PRR em enquadrar parcialmente o problema operário à sua política de governo, com o intuito de restabelecer rapidamente a ordem na cidade.
à aliança entre operários e maragatos, notórios apoiadores do governo borgista.