A mudança do regime monárquico para a República, especialmente no interior do Brasil, não representou mudanças significativas para as populações mais pobres, abrindo espaço para a eclosão dos chamados movimentos messiânicos. Nesse contexto, sobre a Guerra dos Canudos, pode-se afirmar que
A principal liderança do movimento era o escritor Euclides da Cunha que, em visita ao arraial de Canudos, indignou-se com a precária situação de vida dos sertanejos e escreveu o livro Sertões, onde impelia os moradores do arraial a pegarem em armas.
O movimento, apesar das diversas expedições militares do exército brasileiro, foi vitorioso, estabelecendo em Canudos uma situação política única na região, já que os sertanejos deixaram de ser obrigados a pagar impostos e receberam uma série de investimentos para modernizar a localidade.
Fervorosamente católicos, os revoltosos não aceitavam a separação entre Igreja e Estado, estabelecida pela constituição de 1891 e pegaram em armas com o único objetivo de reestabelecer o padroado no Brasil.
Foi um movimento de resistência das classes populares sertanejas, onde se misturava miséria e fanatismo religioso, resultando na formação provisória do chamado Império de Belo Monte. A principal liderança dos insurgentes era Antônio Conselheiro, que conseguiu reunir em torno de si mais de 10 mil pessoas que, apesar de possuírem armamentos precários, chegaram a impor derrotas ao exército brasileiro.
Teve como principal liderança Lampião, que organizou os cangaceiros do nordeste para resistirem às cobranças de impostos do governo federal, consideradas abusivas.