TEXTO I
Durante um evento acadêmico na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 2008, a expressão "Pra que(m) serve o teu conhecimento?" foi grafitada na parede do prédio de salas de aula do Instituto de Letras e de Ciências Humanas.
Fonte: http://releiturademundo.blogspot.com.br/2011/01/para-quem-serve-seu-conhecimento.html
"É ensinado na escola que o brasileiro é resultado da mistura de três etnias: o branco europeu, o negro africano e o indígena nativo. A divisão do conteúdo ensinado, entretanto, não segue essa proporção. A história e complexidade dos povos indígenas e da população negra se encontram muitas vezes resumidas à descoberta do Brasil e ao período da escravidão.
“A nossa grande diversidade é apagada nos bancos escolares. Há uma tentativa de homogeneizar a cultura brasileira sob o olhar do colonizador europeu”, afirma o professor Redson Silva, docente há seis anos na rede pública.
Para mudar essa realidade, foi aprovada, em 2003, a Lei 10.639 que altera a Lei das Diretrizes Básicas da Educação (LDB) inserindo a história e cultura afro-brasileira e africana como conteúdos obrigatórios. Seis anos depois, em 2008, a Lei 11.645 inclui também a história e cultura dos povos indígenas brasileiros. Para entusiastas, as leis têm efeito multiplicador e favorecem mudanças na formação dos professores e nos materiais didáticos."
A educação das relações raciais tem o potencial de qualificar a educação brasileira. Não se trata de apenas de cumprir uma normativa: ensinar história e cultura africana e afro-brasileira é situar o Continente Africano na escala mundial, fato que culminou na definição em 2015, pela ONU, da Década Internacional dos Afrodescendentes, com término previsto para 31 de dezembro de 2024. Esta indicação coloca em relevo que, apesar dos esforços empreendidos pelos Estados-membros, milhões de seres humanos seguem sendo vítimas do racismo, da discriminação racial, da xenofobia e de várias formas de intolerância. E isso precisa acabar.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/12692/os-desafios-para-implementar-historia-e-cultura-afro-brasileira-e-africana-nas-escolas
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Desafios para a diversificação étnico-racial na educação atual", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.