TEXTO I
Por que o Brasil não consegue combater o mosquito da dengue?

(Foto: Reprodução) - 4 DE MARÇO DE 2016 16:32
Em 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas – através do mosquito Aedes aegypti – por algum vírus, como dengue, chikungunya e zika, no Brasil.
Casos de dengue, chikungunya e zika, vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, aumentam no País a cada ano, apesar das inúmeras campanhas de conscientização e mutirões de combate a focos. Em 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas com um dos três vírus no Brasil.
O Aedes aegypti é um inimigo cada dia mais difícil de combater. Ele não é mais aquele mosquito de que você ouve falar há anos: está mais poderoso, mais perigoso, mais temido.
Por que isso acontece? Por uma série de fatores, e o culpado está longe de ser o mosquito. O acúmulo de água parada em recipientes e no lixo somado ao clima tropical favorável faz o problema ser tanto do governo, que precisa investir em políticas públicas de combate, quanto da população, que deve estar atenta ao acúmulo de água parada em casa.
Por que é tão difícil combater o mosquito?
O Aedes aegypti é um mosquito urbano, que vive no interior das residências ou a poucos metros das casas. Isso porque as fêmeas, únicas transmissoras de doença, precisam do sangue humano para fabricar seus ovos. Nos anos 1960, menos da metade dos brasileiros moravam em cidades. Hoje, quase 90% estão em área urbana, e é desse ambiente urbano que o Aedes aegypti gosta. Para sua proliferação, basta ter água limpa parada, como a água da chuva acumulada dentro de vasilhas. “O Brasil tem áreas de grande densidade populacional onde há muito resíduo espalhado, muito lixo com garrafas pet, sacos plásticos, copos descartáveis”, explica Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Para alguns pesquisadores, outro fator que está ajudando o mosquito a espalhar os vírus da dengue, chikungunya e zika é o aquecimento global.
Adaptado de: http://www.osul.com.br/por-que-o-brasil-nao-consegue-combater-o-mosquito-da-dengue/
TEXTO II
Governo está fazendo tudo que é necessário para o combate ao Aedes aegypti, diz ministro
Em sessão no Senado, Marcelo Castro ressalta as ações para enfrentar o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika, além das investigações dos casos de microcefalia
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, assegurou que o Brasil está tomando todas as medidas necessárias para combater o mosquito Aedes aegypti e a microcefalia. O detalhamento das ações do governo federal foi apresentado nesta quinta-feira (25), em Brasília, durante a sessão de debates temáticos realizada no plenário do Senado sobre a situação do vírus Zika no país.
“O Ministério da Saúde tem tratado o assunto com transparência desde o início das investigações. O governo federal está agindo dentro deste tema com a responsabilidade e urgência necessárias. Estamos unindo esforços de especialistas de diferentes áreas da saúde do país, além de dialogar constantemente com órgãos internacionais, como a OPAS, OMS e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA, para conduzir as ações e avaliar novas tecnologias de enfretamento ao Aedes aegypti”, disse acrescentando que em sua visita ao país, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, destacou que o Brasil está fazendo tudo o que é necessário para o combate ao mosquito. “É esse caminho que estamos trilhando e que vamos continuar perseguindo”.
O ministro destacou que o enfrentamento às doenças transmitidas pelo vetor não é uma exclusividade do Brasil, citando que mais de 100 países convivem, por exemplo, com dengue, além do Zika que já teve a transmissão autóctone constada em 42 nações. Para Castro, a novidade em relação ao vírus é que os especialistas brasileiros foram os primeiros a identificar a associação com a microcefalia em recém-nascidos.
“Não havia epidemia de microcefalia antes da circulação do Zika no Brasil. O aumento de casos ocorreu nos mesmos locais onde, meses antes, foi registrada a circulação do vírus. As mães dessas crianças relataram que tiveram a doença nos primeiros meses de gestação, o que levou os especialistas a enviaram amostras para exames em laboratórios que confirmaram a correlação positiva entre o vírus Zika e a microcefalia”, afirmou.
Fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/pt/noticias/380-governo-esta-fazendo-tudo-que-e-necessario-para-o-combate-ao-aedes-aegypti-diz-ministro
TEXTO III

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/charge-cabo-de-guerra.html
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Desafios para o combate ao aedes aegypti", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Comentário: Nos anos de 2015 e 2016, houve uma grande proliferação do mosquito Aedes aegypti no Brasil, o que gerou um surto de casos de dengue, zika e chikungunya. O Zika vírus ainda apresenta o agravante de estar relacionado à microcefalia devido à contaminação de mulheres grávidas. Com base nesse quadro, esta proposta de redação incentiva a reflexão sobre o modo como o Brasil tem combatido o mosquito. De que forma a proliferação tem afetado as pessoas? Quem deve ser responsabilizado pelo combate? Por quê? Para obter um desempenho satisfatório, o aluno deve se posicionar a partir da pergunta proposta, buscando evidências que comprovem seu ponto de vista. É muito importante propor ações, de acordo com o argumento apresentado, que sejam efetivas para uma intervenção social. Por exemplo, ações que envolvam diferentes instâncias no combate ao Aedes. Embora o tema permita a discussão sobre a proliferação do mosquito e consequentemente das doenças que ele transmite, textos que tratem exclusivamente desses assuntos, sem mencionar o modo como o Brasil tem tratado da questão, terão suas notas prejudicadas.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.