TEXTO I
Cérebro Eletrônico
Gilberto Gil. Cérebro Eletrônico. In: Gilberto Gil (CD), 1969.
TEXTO II
"Her" é um filme americano de 2013, dos gêneros comédia dramática, ficção científica e romance, escrito, dirigido e produzido por Spike Jonze, com atuações de Joaquin Phoenix, Amy Adams, Rooney Mara, Olivia Wilde e Scarlett Johansson. O enredo gira em torno de um homem que desenvolve uma relação pessoal com um assistente virtual de computador(OS),semelhante ao Siri do (IOS) ou Cortana da Microsoft, com uma voz feminina e personalidade complexa.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Her
TEXTO III
Há alguns anos, ainda acreditávamos que as máquinas poderiam substituir-nos nas tarefas fundamentais. Por isso era frequente representar o futuro como uma sociedade robotizada. Este sonho terrível foi-se dissipando no horizonte científico e social, porque agora é claro que, se o robô pode reproduzir certas funções ou atividades humanas, ninguém conseguiu inventar um computador capaz de sentir, de comprometer-se com o entorno, de chorar ou de rir. E este não é um fato intranscendente. Como nós, seres humanos, só podemos descobrir-nos nos espelhos deformantes que a cultura nos oferece, hoje podemos constatar que o pesadelo do homem-máquina, tão perseguido pelo Ocidente, também serviu para ratificar de maneira profunda e certeira a autêntica dimensão do humano. O que caracteriza nosso pensamento, nossa cognição, o que nenhuma máquina jamais poderá suplantar, é precisamente esse componente afetivo presente em todas as manifestações da convivência interpessoal. Mesmo aceita esta afirmação em sua validade geral, continuamos tendo dificuldade para reconhecer, em cada um de nossos espaços cotidianos, o que consiste esse componente afetivo e de que maneira devemos fomentá-lo.
Luis Carlos Restrepo. O Direito à Ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Comentário: No mundo em que vivemos, o homem defronta-se diariamente com o império das máquinas, que surgiram para facilitar a rotina e otimizar o tempo, atenuar o desgaste físico em atividades diárias e, ainda, estreitar as longas distâncias que nos separavam há poucos séculos. Nós, sujeitos da contemporaneidade, não podemos nos reconhecer sem a presença dessas máquinas. Entretanto, hoje refletimos sobre as condições que tais máquinas estabeleceram para que possamos fazer parte desse mundo; refletimos, sobretudo, sobre que tipo de humanidade temos exercido e construído. O homem, criador e criatura diante de uma máquina, percebe-se, muitas vezes, em um desamparo que também constrói sua existência – espaço que finalmente nos encontramos na atualidade à procura de satisfazer as necessidades mais básicas do ser. É estranho olharmos um mundo em total crescimento e abundância quando se trata de tecnologia e percebermos, ao mesmo tempo, que falta o que nos é mais importante para continuar vivendo, a nossa humanidade. Sendo assim, procure estabelecer uma relação crítica entre o homem e a máquina na sociedade contemporânea e globalizada, levando em consideração o questionamento a respeito do que se pode considerar ser humano. Não esqueça de apresentar alguma proposta de intervenção para minimizar os efeitos negativos dessa relação. Seria uma possibilidade voltar a viver como nossos antepassados, sem acesso a todas as tecnologias que somos acostumados hoje?