TEXTO I
TSE alerta para a disseminação prejudicial do discurso de ódio
Prática pode ser tão perigosa quanto as invasões a sistemas.
Cada vez mais frequente, o discurso de ódio vem ganhando também mais espaço nos debates sobre segurança na Internet. Afinal, ele pode ser tão perigoso para a vida das pessoas – com reflexos importantes na saúde mental delas – quanto a invasão de um hacker ou a manipulação de dados.
Discurso de ódio vai além do polêmico cancelamento: é caracterizado por um tipo de violência verbal, que tem como base a não aceitação das diferenças, ou seja, a intolerância. Muitas vezes, o foco dessas falas disfarçadas de opinião está ligado à crença, origem, cor/etnia, gênero, identidade, orientação sexual ou posição política, sempre com conteúdos com linguagem que desumanize as pessoas.
Ainda que o artigo 5.º da Constituição Federal de 1988 garanta a liberdade de expressão, ela não pode se tornar uma oportunidade de opressão nas redes ou fora delas. Isso porque o discurso de ódio fere direitos fundamentais dos cidadãos e das minorias.
O objetivo do Tribunal é alertar sobre como esse tipo de comportamento está intimamente ligado a um ambiente inseguro na Internet, trazendo inúmeros prejuízos para as pessoas que passam por essa experiência e para a sociedade em geral. Na campanha, serão abordados conceitos e leis relacionados ao tema e a diferença entre discurso de ódio e opinião, além de como denunciar ou lidar com esse tipo de manifestação.
Fonte: https://folhadolitoral.com.br/editorias/cidadania/tse-alerta-para-a-disseminacao-prejudicial-do-discurso-de-odio/
TEXTO II
Brasil registrou mais de 12 mil crimes de ódio em 2019
Racismo, LGBTfobia e ataques a mulheres encabeçam a lista de levantamento realizado por ONG, que aponta aumento de 1,95% em relação de 2018
Em 2019, o Brasil registrou 12.334 crimes desta natureza, número levantado pelo Mapa do Ódio, lançado nesta segunda-feira (25/01) pela ONG Words Heal the World. Em média, foram 33 registros por dia. O levantamento, realizado pelo segundo ano consecutivo, mostra um crescimento pequeno, de 1,95%, em relação a 2018, quando o número foi de 12.098.
Para chegar aos dados, os pesquisadores utilizaram registros das polícias dos estados e do Distrito Federal de crimes motivados por preconceito de raça, orientação sexual – tendo a população LGBTI+ como alvo -, religião, origem e gênero (especificamente, crime de feminicídio), baseando-se no Código Penal, na Lei do Racismo (Lei 7.716) e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que em 2019 determinou que a Lei do Racismo se aplica a casos de trans e homofobia.
Além disso, de forma complementar, recorreram aos registros de denúncias de ofensas motivadas por preconceito e de tentativas de feminicídio feitas ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Neste caso, entre 2018 e 2019, houve um aumento expressivo, de cerca de 80%, no número de denúncias, passando de 5.096 para 9.195. “O crime de ódio não necessariamente vai deixar cicatrizes físicas, mas ele deixa marcas psicológicas na vítima”, diz Beatriz Buarque, coordenadora executiva da Words Heal the World.
Fonte: https://projetocolabora.com.br/ods16/brasil-registrou-mais-de-12-mil-crimes-de-odio-em-2019/
TEXTO III
Fonte: http://www.agora.com.vc/noticia/charge-discursos-de-odio-nas-redes-sociais/
TEXTO IV
Facebook revela que publicações com discurso de ódio organizado cresceram quase 40% no final de 2020
A “cultura do cancelamento” – quando um grupo se volta contra uma pessoa a excluindo ou expulsando de uma posição de influência ou fama devido a atitudes consideradas questionáveis – vem sendo pauta de debate nos últimos meses, seja pelas ocorrências de 2020 (música, política, pandemia..) ou pelo impulsionamento do assunto ocasionado pelo Big Brother Brasil. Diversos artistas da música sofreram ataques virtuais que impactaram em discurso de ódio e acusações fora do comum nas redes sociais, como aconteceu recentemente com Vitão ao postar uma versão da música “Não deixe o samba morrer”, de Alcione.
Baseado em diversos acontecimentos mundiais como este, o Facebook publicou um relatório que mostra o crescimento exponencial de 2,4 milhões de peças com conteúdo de ódio organizado publicadas no último trimestre de 2020 em comparação ao terceiro trimestre do mesmo ano. Foram registrados 6,4 milhões de conteúdos contra os 4 milhões anteriores.
Além disso, foram encontradas 26,9 milhões de peças de conteúdo de discurso de ódio, acima dos 22,1 milhões no terceiro trimestre, que, segundo o Facebook, é devido em parte às atualizações em sua tecnologia em árabe, espanhol e português.
Fonte: https://portalpopline.com.br/facebook-revela-que-publicacoes-com-discurso-de-odio-organizado-cresceram-quase-40-no-final-de-2020
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A banalização do discurso de ódio e as suas consequências na sociedade brasileira", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.