Finanças pessoais: consumidores acreditam mais em robôs do que em pessoas, revela pesquisa
A pandemia de coronavírus (covid-19) tem mudado a relação dos brasileiros com o dinheiro, segundo uma pesquisa realizada pela Oracle e a especialista norte-americana em finanças pessoais, Farnoosh Torabi. A grande novidade nisso tudo é a informação de que as pessoas confiam mais em robôs do que em humanos quando o assunto é finanças pessoais e gerenciamento de patrimônio.
De acordo com o estudo, 75% dos brasileiros preferem deixar o dinheiro nas mãos de robôs do que confiar o patrimônio aos especialistas. A tecnologia tem feito com que muitas pessoas substituam a mão de obra humana. Na opinião da especialista em fundos da EXAME Research, Juliana Machado, a automação, o machine learning e o uso de algoritmos deverá "empurrar o mercado financeiro para a inovação" no segmento, porém isso não significa que toda mão de obra humana será substituída.
"A ideia é aliar as máquinas ao trabalho humano para ter mais eficiência em desempenhar funções e a inteligência humana ainda será extremamente necessária no processo. Acredito em uma mudança de foco e o desenvolvimento de novas funções, mas substituir os inúmeros profissionais, em inúmeras funções, isso não sei se vai acontecer. De qualquer modo, é um chamado à inovação e reinvenção de quem atua no mercado financeiro atualmente, não tenho dúvida, de incorporar mais tecnologia aos processos, entender de que forma usar isso a seu favor e de forma ganhar tempo com isso para não ficar para trás", afirmou a especialista do mercado financeiro.
TEXTO IV
Pandemia acelera mudança de trabalho humano para robótico, diz estudo
O ano de 2020 foi atípico, não tem como negar. A pandemia de coronavírus atingiu o mundo todo, com mais de 41 milhões de casos e 1,1 milhão de mortos. Mas, além desses números altíssimos de contaminados, a Covid-19 alterou muita coisa no mercado de trabalho.
Por conta das consequências do vírus, diversas empresas instituíram o trabalho remoto por um período de tempo determinado. Algumas delas, porém, devem manter o regime de home office mesmo após a pandemia ser controlada. E esta não é a única mudança a caminho. Segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial (WEF), o coronavírus adiantou um processo de substituição da mão de obra humana pela robótica.
Pesquisas com 300 empresas revelaram que, quatro em cada cinco companhias de médio a grande porte devem eliminar 85 milhões de vagas humanas. Isso vai acontecer com a digitalização do trabalho e a implementação de novas tecnologias. “A Covid-19 acelerou a chegada do trabalho do futuro“, destacou Saadia Zahidi, diretora administrativa do WEF.
Para aqueles que conseguirem manter seus empregos, a vida também não será tão fácil. O estudo afirma que quase metade destes trabalhadores vão ter que aprender novas habilidades, além de ter que conviver com as máquinas.
Por outro lado, enquanto novas vagas de emprego estão diminuindo, alguns setores vão ser estimulados pelas mudanças. De um lado tem a programação e a contabilidade, que devem ser tarefas realizadas por robôs, mas, do outro, estão os especialistas em tecnologia, como inteligência artificial e criação de conteúdo, que vão ver o surgimento de mais de 97 milhões de empregos, segundo o WEF.
Disponível: https://olhardigital.com.br/2020/10/22/coronavirus/pandemia-acelera-mudanca-de-trabalho-humano-para-robotico-diz-estudo/. Acesso em: 07 Fev 2021 (adaptado).
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Desvalorização da mão de obra humana devido à inteligência artificial", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.