TEXTO I
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2016/05/crise-economica-entenda-a-ascensao-e-a-queda-da-classe-c-no-brasil-5795332.html
TEXTO II
“A classe média, ou classe C, como definem os institutos de pesquisa, representa hoje 54% da população brasileira. Na política, ela pode, sozinha, selar uma eleição. Na economia, transforma um pequeno investimento em um negócio gigante. [...] Os empresários perceberam que é essa classe média crescente que dará aos negócios escala econômica. [...] Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da WMcCann, uma das principais agências de publicidade do país, afirma que os publicitários tiveram que estudar esse novo consumidor para entender o que ele quer. [...] O mercado chama as linhas de consumo mais populares de “marcas de combate”. Você mantém os produtos “premium”, para uma elite que pode pagar mais, e cria uma linha diferente para disputar um novo consumidor, que já supriu suas necessidades mais básicas e vai em busca de qualidade.”
MARINHEIRO, Vaguinaldo. Todos querem tirar a nova classe média para dançar. Folha de SP, 15/07/2012.
TEXTO III
Por que a classe média está ficando muito endividada em vários lugares do mundo, segundo a OCDE
Uma classe média forte e próspera é fundamental para o sucesso e desenvolvimento de qualquer economia. Ela sustenta o consumo, possibilita muito do investimento em saúde, educação e construção civil, e permite a existência de serviços por meio de sua contribuição tributária, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). No entanto, em diversos países do mundo, a classe média tem visto seu padrão de vida estagnar ou cair, enquanto grupos com rendas mais altas continuaram a acumular renda e riqueza, diz a organização. Grande parte da classe média está financeiramente vulnerável – ou seja, se encontra incapaz de lidar com gastos inesperados ou quedas repentinas na renda – e endividada.
Nos países que fazem parte da organização, mais de um em cada cinco lares de classe média gasta mais do que ganha, o que gera um risco altíssimo de endividamento excessivo. Esse nível varia de 10% em países como a Estônia e a Polônia a mais de 50% no Chile e na Grécia. No Brasil (que aguarda resposta para seu pedido de integrar a instituição) o índice chega a 27 % dos lares de classe média. Quase 40% dos lares de classe média em 18 países europeus da OCDE estão financeiramente vulneráveis – índice que varia de 12% na Noruega a 70% na Grécia. E metade dos lares nesses países tem dificuldade em pagar suas despesas recorrentes. Os dados foram publicados nesta quarta em um relatório da organização sobre as dificuldades financeiras, os crescentes riscos e as pressões enfrentadas pela classe média. Chamado Under Pressure: The Squeezed Middle Class (Sob Pressão: A Classe Média Espremida, em tradução livre), o estudo analisou dados dos 36 países da instituição e de países emergentes como Brasil e África do Sul.
O relatório é o quinto de uma série de estudos sobre as tendências, causas e consequências da desigualdade no mundo. Ele mostra que em todas as gerações desde os baby boomers (nascidos após a Segunda Guerra Mundial) a classe média diminuiu e sua influência econômica enfraqueceu. Três décadas atrás, a renda agregada dos lares de classe média era quatro vezes maior do que a renda agregada dos lares de renda alta. Hoje, essa proporção é menor do que três. Segundo a OCDE, isso alimentou a percepção de que o atual sistema socio-econômico é injusto e que a classe média não se beneficiou do crescimento proporcionalmente à sua contribuição para ele. A instituição sugere a criação de políticas públicas que possam reverter esse quadro e aliviar as pressões sofridas por esse grupo, que é um "motor do crescimento econômico e pilar da estabilidade social".
"Sociedades com classes médias fortes têm índices de criminalidade menores, maiores níveis de confiança e satisfação com a vida, além de maior estabilidade política e boa governança", diz Gabriela Ramos, responsável pela iniciativa de Crescimento Inclusivo da organização, na abertura do estudo.
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/10/por-que-a-classe-media-ficando-muito-endividada-em-varios-lugares-do-mundo-segundo-a-ocde.ghtml
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Ascensão e queda da classe média brasileira no século XXI", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Comentário: É notável que o Brasil vem passando, desde o início do novo milênio, por uma situação econômica bastante ambígua. Se nos primeiros anos do século XXI se comemorava o alargamento da classe média - classe C - refletida na ampliação do poder de consumo dos brasileiros, já na segunda década desse século o clima é de tensão e até mesmo de pânico, por vezes motivado por uma mídia que afirma que o Brasil vive atualmente uma das maiores crises econômicas da história do país. Procure pensar também sobre quais serão os maiores afetados por essa suposta crise econômica em curso. As camadas mais ricas ou mais pobres da sociedade? Os trabalhadores? Você considera isso justo? Não esqueça de apresentar uma proposta de intervenção para resolver ou amenizar a situação econômica do país. Eleja responsáveis e indique ações concretas a serem executadas.
Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha definitiva, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.