TEMA 1
O perigo em se fazer justiça com as próprias mãos
Publicado por Edson Luiz
Mais um delinquente é agredido por cidadãos após cometer roubo! Menor infrator é espancado após roubar bolsa de senhora! Linchamento de estuprador acontece em plena luz do dia! Estas notícias estão cada vez mais frequentes nos Jornais e nos noticiários das grandes emissoras de televisão no Brasil. A total falência do Estado em manter a segurança pública digna para preservar a ordem faz cada vez mais com que o cidadão comum se sinta no direito de fazer “justiça” com as próprias mãos. Este comportamento, a princípio, parece ser a solução para acabar com o mal que está impregnado na sociedade. Ocorre que, fazer justiça com as próprias mãos, além de ser crime, é algo muito temerário e que nos remete a mais arcaica história da justiça, onde se aplicava a Lei do “olho por olho”.
O assunto é polêmico e divide opiniões em todas as classes sociais, pois toda pessoa que se julga “de bem”, que trabalha e contribui com seus impostos fica indignada com o total desprezo que se dá à segurança da sociedade. Não é justo alguém do seu convívio ser vítima de crime e ninguém fazer nada para impedir, por isso, brada-se que “ bandido bom é bandido morto”. Assim, parte da sociedade entende que a punição deve ser imediata, sem passar pela polícia e pelo Poder Judiciário. Porém, agindo desta forma, ou pensando assim, a pessoa tem que ter em mente que estará tão à mercê destas regras quanto os que ela julgar culpados. Ou seja, a qualquer momento alguém poderá lhe imputar uma conduta criminosa e ela deverá aceitar o julgamento e a punição que lhe forem dados.
(Disponível em: https://thedoctoredson.jusbrasil.com.br/artigos/136067261/o-perigo-em-se-fazer-justica-com-as-proprias-maos. Acesso em abr. 2018)
Com base no texto acima e em suas reflexões sobre o assunto, escreva um texto dissertativo-argumentativo, respondendo à seguinte pergunta: com o quadro atual de crise da segurança pública, quais as consequências de uma sociedade fazer “justiça com as próprias mãos”?