Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assina a abolição. No entanto, diversos estudos falam hoje que, já na segunda metade do século XIX a resistência e a luta dos negros tinham provocado trincas na estrutura social que sustentava o escravismo, resultando na abolição em 1888. Contudo, o que aconteceu com os negros pós-alforria?
(Texto adaptado de CHIAVENATO, Júlio José. As lutas do povo brasileiro. São Paulo: Moderna, 1988, p. 83).
Dentre os dois sambas, Textos I e II, qual responde melhor a pergunta e por quê?
Texto I
Trecho do samba-enredo da Unidos de Lucas. Carnaval do Rio de Janeiro, 1968:
“Oh sublime pergaminho!
Libertação geral!
A princesa chorou ao receber,
a rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão,
E o negro jornalista,
de joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
Meu Deus, Meus Deus!
Está extinta a escravidão!”
Texto II
Trecho do samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira. Carnaval do Rio de Janeiro, 1988:
“Será que já raiou a liberdade?
Ou só foi tudo ilusão?
Será que a Lei Áurea tão sonhada
há tanto tempo assinada
não foi o fim da escravidão?
Hoje, dentro da realidade,
onde está a liberdade? [...]
Pergunte ao Criador
Quem pintou esta aquarela,
Livre do açoite da senzala,
Preso na miséria da favela”.